quarta-feira, 31 de julho de 2013

MATERIAL 1º ANO (3º E 4º BIM)

Acácio Pereira

Acácio Pereira é o nome artístico de Acácio Alexandre Pereira Junior, natural da cidade de Santa Cruz/SP. Vamos dar como data de seu início nas atividades artísticas plásticas o anos de 1992, quando participou do I SindCon-Arte - I Salão de Arte Contemporânea de Campinas, tendo sido agraciado com uma Medalha de Bronze.

Em agosto de 1997 ele fez uma Exposição Individual na Galeria do Teatro Municipal Miguel Cury de Ourinhos/SP.

A exposição reuniu obras de diversas fases do autor, com destaque para as telas onde aparece a interpretação impressionista de Acácio sobre imagens figurativas, originadas pela sobreposição de fotos feitas por ele mesmo.

O público pode também conhecer trabalhos da Série Colagens "Windows", que mistura técnicas de produção em papel e imagem, além de obras da fase abstrata, de acrílico sobre papel ou tela.

Nesta mostra "Acácio" apresentou ainda duas telas premiadas no último Salão Nacional de Arte Contemporânea de Campinas, em 2002. Ambas pertencem à fase figurativa do artista e foram criadas em 2001 com a técnica de acrílico e colagem sobre tela.

Apesar de sofrer fortes influências de diferentes correntes do século XX, Acácio considera sua arte genuinamente brasileira. Ele busca retratar a alegria do cotidiano brasileiro em cores e paisagens.



GOMIDE, ANTONIO (1895 - 1967)

Antonio Gonçalves Gomide (Itapetininga SP 1895 - Ubatuba SP 1967). Pintor, escultor, decorador e cenógrafo. Muda-se com a família para a Suíça em 1913, e freqüenta a Academia de Belas Artes de Genebra até 1918, onde estuda com Gillard e Ferdinand Hodler (1853 - 1918). Muda-se para a França na década de 1920. Em 1922, em Toulouse, trabalha com Marcel Lenoir (1872 - 1931), com quem aprende a técnica do afresco. De 1924 a 1926, em Paris, instala ateliê e entra em contato com artistas europeus ligados aos movimentos de vanguarda. No ambiente parisiense, convive também com Victor Brecheret (1894 - 1955) e Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970). Retorna ao Brasil em 1929. Em 1932, atua na fundação da Sociedade Pró-Arte Moderna - Spam e do Clube dos Artistas Modernos - CAM. Entre as décadas de 1930 e 1940, além de pinturas, produz afrescos e cartões para vitrais. Leciona desenho na escolinha do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP, entre 1952 e 1954. Suas obras aliam formas abstratas a motivos indígenas ou a composições com paisagens. Na área das artes decorativas, com Regina Graz (1897 - 1973) e John Graz (1891 - 1980), é considerado um dos introdutores do estilo art deco no país.

LE JOURNAL



SERPA, IVAN (1923 - 1973)

Ivan Ferreira Serpa (Rio de Janeiro RJ 1923 - idem 1973). Pintor, gravador, desenhista, professor. Estuda pintura, gravura e desenho com Axl Leskoschek, entre 1946 e 1948, no Rio de Janeiro. Em 1949, ministra suas primeiras aulas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, onde, a partir de 1952, exerce sistemática atividade didática, em especial no ensino infantil. No ano de 1954, publica o livro Crescimento e Criação, com texto de Mário Pedrosa, sobre sua experiência no ensino de arte para crianças. Nesse mesmo ano, ao lado de Ferreira Gullar e Mário Pedrosa, cria o Grupo Frente, integrado por Franz Weissmann, Lygia Clark, Aluísio Carvão, Hélio Oiticica, Décio Vieira e Lygia Pape. Permanece na liderança do grupo até sua dissolução, em 1956. Apesar da liberdade de pontos de vista estéticos no grupo, há o predomínio de artistas concretistas. Em 1957, recebe o prêmio de viagem ao exterior no Salão Nacional de Arte Moderna - SNAM. Participa da exposição Opinião 65, evento que marca a difusão de uma nova arte de tendência figurativa, a neofiguração. A obra de Ivan Serpa, desde o início de sua carreira, oscila entre o figurativismo e a arte concreta. Em 1970, funda, com Bruno Tausz, o Centro de Pesquisa de Arte no Rio de Janeiro.

O BEIJO  IVAN SERPA
CACOSTA

Imagens fortes em cores vibrantes. Essas são as características principais da arte do pintor C A costa , cujo nome de batismo é Clovis Afonso Costa.Radicado na cidade de Ourinhos ,interior de São Paulo ,desde 1994,o artista tem um sorriso franco sempre estampado no rosto e uma linda historia de amor as suas raízes étnicas e culturais à sua família.Com formas arredondadas e coloridas C A costa emociona seja numa santa ceia numa perspectiva visual diferente ou nas suas telas estão repletas de intensidade por mais sofrida que sua personagem seja a nelas a força revolucionaria e de liderança de zumbi e a esperança do poder de liberdade vencer qualquer tipo de opressão.
A musica é justamente um ponto de partida paras numerosas telas.Em algumas como a inocência musical é possível identificar diversos instrumentistas e cor azul sobre um fundo cor laranja.
Além de seu trabalho em conjunto de imagens. C A costa desenvolve obras de grande poder expressivo quando há diferença sobre figuras solitárias.

Ele nasceu em 9 de dezembro de 1956,no Rio de Janeiro estudou musica na Universidade Estácio de Sá RJ,a filosofia no Instituto de ciências filosóficas do Monteiro de São Bento,em São Paulo,e,desde 1994,esta  radicando em Ourinhos,SP.
fonte: sergioszf.xpg.uol.com.br




PLÍNIO RHIGON (artista santacruzense)

Plínio Rhigon é formado pela Faculdade Belas Artes de São Paulo e pela Escola de Arte Dramática da USP. Já participou de diversas exposições no Brasil e no mundo, ganhando grande destaque com suas obras, sempre consideradas originais e criativas. Ele procura relacioná-las com a tradição brasileira e a história da arte em geral. Além de artista plástico, Plínio também é escritor, dramaturgo, diretor teatral e professor.

O artista consegue mostrar a leveza de cada figura, contrastando com a intensidade das cores vivas que a circundam. Em todas as obras da exposição foi utilizada a técnica de colagem de tecido na tela. Além disso, as cores seguem o mesmo padrão e o estilo de pincelada.

CORPO ETÉREO
JOHN GRAZ (1891 - 1980)     

John Louis Graz (Genebra, Suíça 1891 - São Paulo SP 1980). Pintor, decorador, escultor e artista gráfico. Ingressa no curso de arquitetura, decoração e desenho da Escola de Belas Artes de Genebra em 1908, onde é aluno de Eugène Gilliard (1861 - 1921), Gabriel Vernet e Daniel Baud-Bovy (1870 - 1958). É discípulo também de Edouard Ravel, com quem aprende uma multiplicidade de técnicas e estilos. De 1911 a 1913, na Escola de Belas Artes de Munique, estuda decoração, design e publicidade com Carl Moos (1873 - 1959). Retorna à Escola de Belas Artes de Genebra, onde permanece de 1913 a 1915, período em que passa boa parte do tempo em companhia dos irmãos Regina Gomide (1897 - 1973) e Antonio Gomide (1895 - 1967). Viaja a Paris, onde se familiariza com o trabalho de Paul Cézanne (1839 - 1906) e entra em contato com o cubismo, o fauvismo e o futurismo. Recebe, por duas vezes, a Bolsa Lissignol e parte para estudos na Espanha. De volta a Suíça, realiza vários trabalhos como ilustrador. Em 1920, vem para o Brasil e, nesse mesmo ano, casa-se em São Paulo com Regina Gomide. Por intermédio de Oswald de Andrade (1890 - 1954) o casal passa a fazer parte da vida intelectual da cidade. Graz participa da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo sete obras. No mesmo ano tem um de seus trabalhos publicados na revista Klaxon, 7ª edição. Em 1923, trabalha com o arquiteto Gregori Warchavchik (1896 - 1972). Projeta e executa a decoração de residências paulistanas, desenhando móveis, luminárias, afrescos, vitrais, maçanetas, banheiros e jardins. Torna-se sócio-fundador da Sociedade Pró-Arte Moderna - SPAM, em 1932. Ainda nos anos de 1930, produz inúmeras capas da revista Ilustração Artística do Brasil e forma o Grupo 7 com Regina Graz, Antonio Gomide, Elisabeth Nobiling (1902 - 1975), Rino Levi, Victor Brecheret (1894 - 1955) e Yolanda Mohalyi (1909 - 1978).  

Baianas  - 1930 

ALFREDO VOLPI

Pintor brasileiro nascido em Lucca, Itália, um dos maiores pintores da história da arte brasileira e conhecido como o mestre das bandeirinhas. Chegou ao Brasil com 18 meses de idade, quando sua família se fixou em São Paulo. Autodidata, trabalhou como encanador, marceneiro-entalhador e encadernador até se tornar pintor decorador de interiores e decorador de paredes (1912). Realizou a decoração mural (1918), do Hospital Militar do Ipiranga, com o pintor Alfredo Tarquínio. Iniciou sua participação em mostras coletivas (1925) e passou (1927) a participar com Francisco Rebolo Gonsales, Mário Zanini e Aldo Bonadei, entre outros, do grupo Santa Helena, com ateliê na praça da Sé, São Paulo SP, cidade onde morou até sua morte, motivado pelas origens proletárias de seus integrantes.

Nos primeiros anos (1920-1940) sua obra caracterizou-se por paisagens de cunho realista, mostrando vistas de bairros pobres da capital paulista ou de cidades do interior, bem como marinhas do litoral de Santos e retratos. Participou (1938) do Salão de Maio e da I Exposição da Família Artística Paulista, ambos em SP, e após visitar Itanhaém, iniciou série de marinhas (1939), do VII Salão Paulista de Belas-Artes (1940), do XLVII Salão Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro, da I Exposição do Osirarte e do I Salão de Arte da Feira Nacional de Indústrias, em São Paulo (1941).

A seguir essas paisagens foram diversificadas, influenciadas por viagens à Bahia e a Minas Gerais. Voltou a Itália (1950) na companhia de Osir e Zaninie impressiona-se com a arte dos góticos, principalmente Giotto. A partir de então sua obra assumiu a entonação que mais caracterizou a originalidade do artista. Nessa fase realizou diversos painéis, como na igreja do Cristo Operário em São Paulo (1951), na capela de Nossa Senhora de Fátima em Brasília (1959) e em navios da Companhia Nacional de Navegação Costeira (1962).

Premiado em várias oportunidades, como o de melhor pintor brasileiro na II Bienal de São Paulo (1953), esteve na Bienal de Veneza (1952, 1954, 1962 e 1964), e integrou importantes exposições em cidades como Tóquio, Paris, Buenos Aires, Roma e Nova York. Em seu aniversário de 90 anos, o MAM-SP fez a exposição Volpi 90 Anos. Morreu em São Paulo e (1993) e a Pinacoteca do Estado de São Paulo expõe Volpi - projetos e estudos em retrospectiva, Décadas de 40-70.

FACHADAS COM BANDEIRINHAS (DÉCADA DE 1950)

TRABALHO DE RECUPERAÇÃO – 1ª SÉRIE (PARA OS ALUNOS QUE NÃO COMPLETARAM 10 PONTOS NO 1º SEMESTRE)
LEIA OS TEXTOS ABAIXO QUE SE ENCONTRAM NO MATERIAL 1º ANO – FEVEREIRO E FAÇA RESUMOS MANUSCRITOS EM FOLHA DE ALMAÇO DE CADA ITEM.
- ENTREGA: ATÉ O DIA 13/09/13
1) FEFE TALAVERA
2) TIPOS DE CULTURA
3) OSGÊMEOS
4) SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM: DANÇA
5) HEITOR DOS PRAZERES
6) ALBERT ECKHOUT
7) HISTÓRIA DO CIRCO

1 - TRABALHO DE PESQUISA DE ARTE DO 3º BIMESTRE (1ª série)

SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922 E OS PINTORES BRASILEIROS ANITA MALFATTI, TARSILA DO AMARAL, DI CAVALCANTI E CÂNDIDO PORTINARI
ESTUDO DO TEXTO: SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922 (material do 2º bimestre no blog)
Responda as questões em seu caderno de Arte, de acordo com o texto:
1) Fale sobre a exposição de Anita Malfatti em 1917 em relação aos seguintes tópicos:
A) As obras da artista eram influenciadas por quais movimentos?
B) Qual foi à reação da sociedade?
C) Explique a relação com a Semana de Arte Moderna de 1922.
D) No campo da Arte, como ficou conhecida a exposição?
2) Cite a data da exposição e os objetivos dos artistas brasileiros que participaram da exposição.
3) Cite o nome das revistas e dos movimentos que continuaram divulgando as idéias do Movimento Modernista.
4) Fale sobre a reação da sociedade que foi assistir ao evento e suas ações diante da apresentação do poeta Manuel Bandeira.
5) O Modernismo chocou a sociedade da paulista da época. Explique o motivo dessa situação.
60 Fale sobre a apresentação musical de Villa-Lobos em 17 de fevereiro de 1922.
ESTUDO DO TEXTO: ANITA MALFATTI (material do 2º bimestre no blog)
Responda as questões em seu caderno de Arte, de acordo com o texto:
1) Explique o motivo de Anita Malfatti ser considerada  a primeira representante do Modernismo no Brasil.
2) Cite a data de nascimento/morte da artista Anita Malfatti e sua formação escolar.
3) Fale sobre a viagem de Anita Malfatti para os Estados Unidos em 1914 e de seus estudos nesse período.
4) Explique o motivo da exposição de Anita Malfatti realizada em 1917 gerar críticas e polêmicas.
5) A maneira como Anita Malfatti percebia a Arte veio “desarrumar” o que era aceito pela sociedade da época. Explique a relação do belo e do feio para a artista e como ela utilizava esses conceitos em suas obras.
6) Cite as conseqüências da exposição de 1917 para o futuro artístico de Anita Malfatti.
7) Explique as críticas de Monteiro Lobato à obra de Anita Malfatti em 1917 no período da exposição.
ESTUDO DO TEXTO: DI CAVALCANTI (material do 2º bimestre no blog)
Responda as questões em seu caderno de Arte, de acordo com o texto:
1) Cite a data de nascimento e morte de Di Cavalcanti e explique sua iniciação artística.
2) Explique a relação de Di Cavalcanti com a Semana de Arte Moderna de 1922.
3) Cite as influências artísticas recebidas pelo artista Di Cavalcanti.
4) Cite os temas abordados por Di Cavalcanti em suas obras e as cores utilizadas na composição dos trabalhos.
5) Explique a importância do acesso de Di Cavalcanti ao universo boêmio carioca em relação ao seu trabalho.
ESTUDO DO TEXTO: TARSILA DO AMARAL (material do 2º bimestre no blog)
Responda as questões em seu caderno de Arte, de acordo com o texto:
1) Cite a data de nascimento e morte de Tarsila do Amaral.
2) Cite o nome do 1º quadro da artista e sua idade quando o produziu.
3) Explique a relação de Tarsila do Amaral com o “Grupo dos Cinco” e o que o grupo representava para a Arte Brasileira.
4) Explique as propostas dos movimentos Pau-Brasil e Antropofágico, criados por Tarsila do Amaral no final da década de 1920.
5) Cite as principais características das obras de Tarsila do Amaral.
ESTUDO DO TEXTO: CÂNDIDO PORTINARI (material do 2º bimestre no blog)
Responda as questões em seu caderno de Arte, de acordo com o texto:
1) Fale sobre a infância de Cândido Portinari.
2) Fale sobre a formação artística de Cândido Portinari.
3) Explique os temas que aparecem no trabalho de Portinari.
4) Fale sobre o engajamento político de Portinari.
5) O que leva Portinari a apresentar um caráter trágico em suas obras?
6) Como a figura do Homem é retratado na obra de Portinari?
7) Fale sobre os painéis  Guerra e Paz  e sua importância para o artista.

2 - SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM – ARTES VISUAIS – INSTALAÇÃO E INTERVENÇÃO – 1º SÉRIE – 3º BIM

INSTALAÇÃO:
O termo instalação é incorporado ao vocabulário das artes visuais na década de 1960, designando ambiente construído em espaços de galerias e museus. Devemos levar em consideração as particularidades dessa modalidade de produção artística que lança a obra no espaço, com o auxílio de materiais muito variados, na tentativa de construir certo ambiente ou cena, cujo movimento é dado pela relação entre objetos, construções, o ponto de vista e o corpo do observador. Para a apreensão da obra é preciso percorrê-la, passar entre suas dobras e aberturas, ou simplesmente caminhar pelas veredas e trilhas que ela constrói por meio da disposição das peças, cores e objetos. È UMA OBRA DE ARTE CONTEMPORÂNEA EFÊMERA (de curta duração). O artista utiliza os mais diversos materiais (retirados do nosso cotidiano) para criar um espaço que simboliza uma idéia. Ele ocupa um espaço físico que pode ser em um museu, centro cultural e espaços não convencionais (uma praça, por exemplo). A instalação fica montada por determinado tempo e depois é desmontada. As instalações podem ser interativas (o público participa) e são registradas  com vídeos e fotografias.
INTERVENÇÃO: 
A noção de intervenção é empregada, no campo das artes, com múltiplos sentidos, não havendo uma única definição para o termo. Na área de urbanismo e arquitetura, as intervenções urbanas designam programas e projetos que visam à reestruturação, requalificação ou reabilitação funcional e simbólica de regiões ou edificações de uma cidade. A intervenção se dá, assim, sobre uma realidade preexistente, que possui características e configurações específicas, com o objetivo de retomar, alterar ou acrescentar novos usos, funções e propriedades e promover a apropriação da população daquele determinado espaço. Algumas intervenções urbanísticas são planejadas com o intuito de restauração ou requalificação de espaços públicos, como as conhecidas revitalizações de centros históricos, outras objetivam transformações nas dinâmicas sócio espaciais, redefinindo funções  e projetando novos atributos.
Como prática artística no espaço urbano, a intervenção pode ser considerada uma vertente da arte urbana, ambiental ou pública, direcionada a interferir sobre uma dada situação para promover alguma transformação ou reação, no plano físico, intelectual ou sensorial. Trabalhos de intervenção podem ocorrer em áreas externas ou no interior de edifícios. O termo intervenção é também usado para qualificar o procedimento de promover interferências em imagens, fotografias, objetos ou obras de arte preexistentes. Intervenção, nesse caso, possui um sentido semelhante à apropriação, contribuição, manipulação, interferência. Colagens, assemblages, montagens, fotografias e desenhos são trabalhos que freqüentemente se valem desse tipo de procedimento.  Os projetos de intervenção são um dos caminhos explorados por um universo bastante diverso de artistas interessados em se aproximar da vida cotidiana, se inserir no tecido social, abrir novas frentes de atuação e visibilidade para os trabalhos de arte fora dos espaços consagrados de atuação, torná-la mais acessível ao público e desestabilizadora e menos mercantilizada e musealizada. Tal tendência, marcante da arte contemporânea, é geradora de uma multiplicidade de experimentações artísticas, pesquisas e propostas conceituais baseadas em questões ligadas às linguagens artísticas, ao circuito da arte ou ao contexto sociopolítico.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A OBRA DE MÔNICA NADOR (NO JARDIM MIRIAM) E NÉLE AZEVEDO (MONUMENTOS MÍNIMOS)
As intervenções acontecem onde não são esperadas e sempre causam surpresa para aqueles que interagem com elas.
Mônica Nador realiza um projeto no Jardim Miriam, um bairro na periferia de São Paulo. O objetivo do projeto é que os moradores adornem suas casas. Os recursos utilizados por ela são máscaras de motivos ornamentais e cursos para jovens (pintura e decoração). Néle  Azevedo realiza seu projeto, usando figuras de gelo que expõe em lugares públicos e que se derretem aos olhos do público. O objetivo do projeto é prestar uma homenagem singela ao cidadão comum. Os recursos utilizados por ela são as figuras de gelo.
O QUE FICOU DA CONVERSA?
- Mônica Nador é pintora, desenhista, gravadora, formada em artes plásticas.
- Néle Azevedo é Mestre em artes visuais, iniciou em 2000 a pesquisa plástica e teórica denominada Monumentos Mínimos, em que revê o conceito de monumento (usando redução de escalas).

CONSIDERAÇÕES SOBRE AS OBRAS  AZULEJÕES, CÀNONE E THE DEPRESSION BREAD LINE:
As intervenções apresentadas no 2º bimestre foram realizadas em áreas públicas, por onde passava muita gente. As instalações e intervenções apresentadas no 3º bimestre são em áreas externas (The depression  bread  line ) e internas (Cânone e Azulejões).
 A obra CÂNONE é uma instalação que utiliza guarda-chuvas em sua composição. O artista utilizou um objeto do cotidiano para criar uma instalação que mostra a importância da união em uma comunidade. Cada guarda-chuva representa um membro da comunidade, onde todos unidos se protegem. Na Arte Contemporânea, existe o deslocamento de objetos do cotidiano para o mundo da Arte, onde o artista modifica o sentido e a função do objeto.
 THE DEPRESSION BREAD LINE: As esculturas de George Segal nos levam a refletir sobre a condição humana. Cinco figuras masculinas formam uma fila e retratam o período da Grande Depressão Americana, um difícil período econômico. Para relembrar esse momento, Segal criou inicialmente uma escultura usando gesso, madeira, metal e pintura em acrílico, que serviu de molde para a fundição em bronze. As figuras são expressivas e ocupam um espaço cotidiano, convidando-nos a “reolhar” a vida humana.
AZULEJÕES: È uma instalação da artista Adriana Varejão, que destaca a relação com a vida. Ela observou e fotografou cuidadosamente azulejos portugueses da Igreja do Outeiro da Glória, no Rio de Janeiro. Buscou a matéria para reproduzir em grande escala os pequenos azulejos, revelando na pele da pintura as rachaduras dos originais. As marcas do tempo foram cuidadosamente amplificadas. O painel pintado por Adriana Varejão compõe-se de 100 telas.
Observamos na obra Cânone que objetos do cotidiano e objetos descartados pela sociedade podem ser usados pelos artistas para concretizar suas idéias expressivas. Um objeto comum passa a ser um objeto de arte.
Os manequins de loja são figuras usadas para a exposição de roupas sem intenção artística expressiva e as figuras humanas de Segal são esculturas criadas a partir de uma idéia expressiva que representa o sofrimento do povo americano na Depressão iniciada em 1929.
Na obra Azulejões, a artista utiliza as marcas do tempo nos azulejos para nos levar a refletir sobre a importância da preservação do patrimônio histórico/cultural/artístico do nosso povo que conta a nossa história.
Para uma produção estética, o artista pesquisa profundamente formas de realizar, conteúdos a serem mostrados e matérias (materiais) a serem explorados.
O QUE FICOU DA CONVERSA?
 As obras de arte têm como objetivo, nos levar a refletir sobre assuntos relevantes para a sociedade.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM TEATRO: INTERVENÇÃO CÊNICA:

Intervenção Cênica é um jogo teatral que se estabelece entre os propositores (atores) e os participantes (público), invade o cotidiano das pessoas em lugares inusitados para uma apresentação teatral.
A intervenção cênica pode ocorrer em lugares onde existe público circulando pelo local, par a interagir com os atores.
A quarta-parede é uma parede imaginária que separa o público dos artistas.
Na Intervenção Cênica o público e artista interagem no mesmo ambiente.

CONCEITOS UTILIZADOS NA AÇÃO TEATRAL:
CORPO COTIDIANO: É quando estamos  relaxados, fazendo as atividades físicas, mentais e emocionais do cotidiano, não precisamos ser destaques, apenas fazer parte do grupo. É o corpo do ator quando não está em cena.
CORPO ESPETACULAR: É quando estamos com nossos sentidos, emoções e mente em alerta, pois estamos em posição de destaque, onde desempenhamos um papel importante, somos parte de um espetáculo que necessita de nós. Estamos maquiados e vestidos adequadamente para a ocasião. É o corpo do ator em cena.
CORPOMENTE: `É a consciência do artista de que corpo e mente são uma unidade.
CORPO ESPETACULAR X RITUAIS DA NOSSA SOCIEDADE: Existem rituais em nossa sociedade que assumem um contorno de atuação teatral, onde os participantes têm papéis definidos. Exemplo: Casamento. São atuações definidas em uma situação real diferente de uma peça teatral, onde a situação é uma ficção.
O ARTISTA X CORPO CÊNICO (ESPETACULAR): Quando o artista está em cena, ele utiliza grande esforço e energia, pois o espetáculo só acontece se a sua atuação for convincente para o público, depende dele, a reação da platéia.
ESPAÇO CÊNICO TRADICIONAL: O palco de um salão com finalidades artísticas. Ex: Salão nobre da escola.
ESPAÇO CÊNICO NÃO-CONVENCIONAL: Espaços não destinados a uma apresentação artística. Ex: praça.
ESPAÇO CÊNICO X ARTISTA: Quando o artista apresenta seu trabalho frente a frente com o público, sem os recursos da quarta parede, som e iluminação do teatro convencional, ele gasta mais energia, pois a proximidade com o público exige dele um poder maior de convencimento na execução do personagem que ele está encarnando.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM: DANÇA
IVALDO BERTAZZO: Ivaldo Bertazzo é criador do método de Reeducação do Movimento e, ao fundar sua escola em 1974, elaborou o conceito de Cidadão Dançante. Seus trabalhos envolvem grupos de 60 a 120 jovens, oriundos de favelas e inspira-se na riqueza de cultura e tradições. Em suas obras o gestual, a concentração e a comunicação convergem para a celebração de movimentos e da música. Os jovens integrantes de seus grupos são estimulados a desenvolver seu potencial criativo, transformando-se em multiplicadores, que criam oportunidades culturais individuais e comunitárias.
COMPANHIA DE TEATRODANÇA IVALDO BERTAZZO: A companhia Teatro Dança Ivaldo Bertazzo foi fundada em 2007, com a criação do espetáculo MAR DE GENTE, criado especialmente para a estréia da companhia. A coreografia utiliza gestuais e fala sobre civilização, fertilidade, celebração, eco, noite, território, mar de gente, força, exílio, espécie, sopro. A encenação contou com 31 dançarinos e a participação de uma atriz.
COMPANHIA TEATRODANÇA: São as companhias de dança da atualidade que misturam em seus espetáculos, elementos da dança e do teatro.
DANÇA CONTEMPORÂNEA: È a dança atual. Rompe definitivamente com a dança clássica, abandonando a sapatilha e a roupa tradicional do balé. Utiliza roupas simples que oferecem liberdade aos bailarinos. Os movimentos da dança são mais livres e na maioria das vezes, os bailarinos dançam descalços.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM: MÚSICA
CANTOCHÃO OU CANTO GREGORIANO: Coro em uníssono, em ritmo declamatório, de sons idênticos em duração e intensidade, majestoso e solene.
CANTO A CAPPELA: Canto sem acompanhamento de instrumentos musicais.
CORO: Grupo musical composto por diversas vozes que podem ser masculinas e femininas.

3 - BIOGRAFIA DAS ARTISTAS MÔNICA NADOR, NÉLE AZEVEDO E ADRIANA VAREJÃO

MÔNICA NADOR  1955 /  Mônica Nador é pintora, desenhista e gravadora, formada em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, São Paulo, em 1983. Desenvolveu seus primeiros trabalhos nos anos 1980. Em 2004, Monica Nador e outros artistas fundam o Jardim Miriam Arte Clube , no Jardim Miriam, em São Paulo. O projeto é uma espécie de ateliê aberto à população local.

NÉLE AZEVEDO 24/05/2013 – Por Juliana Miranda
Néle Azevedo é uma artista plástica brasileira. Ela nasceu na cidade de Santos Dumont, em Minas Gerais, em 1950. Depois de ter se mudado para São Paulo, Néle Azevedo se formou em Artes Plásticas na Faculdade Santa Marcelina e fez Mestrado em Artes visuais na UNESP. Um dos principais trabalhos da artista foi “Monumento Mínimo", projeto que reduz a escala a centímetros e substitui pessoas ilustres por cidadãos comuns. O tema "Monumento Mínimo" também foi apresentado pela artista em sua dissertação de mestrado. Néle já expôs seus trabalhos na França, Itália, Portugal, Cuba, Alemanha e Japão. A artista plástica é conhecida por trabalhar a escultura como instrumento poético.  É considerada uma artista inquieta e intrigante. Néle já criou instalações com 150, 300 e 600 esculturas.

ADRIANA VAREJÃO
Varejão, Adriana (1964): Adriana Varejão (Rio de Janeiro RJ 1964). Pintora. Freqüenta cursos livres na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, no Rio de Janeiro, entre 1981 e 1985. Faz sua primeira exposição individual em 1988, na Galeria Thomas Cohn, no Rio de Janeiro. Em sua produção, evoca repertório de imagens associadas à história do período colonial brasileiro, como azulejos e mapas. Em obras que se situam entre a pintura e o relevo, emprega freqüentemente cortes e suturas em telas e outros suportes que permitem entrever materiais internos que imitam o aspecto de carne. A artista evoca também o barroco, associando pintura, escultura e arquitetura em seus trabalhos.

AZULEJÕES
DETALHES DA OBRA AZULEJÕES DE ADRIANA VAREJÃO
                       
MANDALA – MÔNICA NADOR
MONUMENTOS MÍNIMOS – NÉLE AZEVEDO
                                     SÉRIE: PLANTAS CARNÍVORAS – ADRIANA VAREJÃO                                        

MÔNICA NADOR
                                        
4 -BIOGRAFIA E OBRAS: GEORGE SEGALL, MAREPE E CARMELA GROSS

GEORGE SEGALL:  (1924-2000) é um pintor e escultor americano, muito conhecido por suas esculturas em tamanho natural feitas de ataduras de gesso (o mesmo material utilizado para imobilizar braços e pernas quebrados). Suas obras que podem ser encontradas em diversos lugares públicos dos Estados Unidos, são como pausas, verdadeiros retratos de cenas cotidianas de anônimos. 
THE DEPRESSION BREAD LINE – GEORGE SEGALL
MAREPE:
Marcos Reis Peixoto nasceu em Santo Antônio de Jesus em 1970. Vive e trabalha em Santo Antônio de Jesus, Brasil. Estudou Artes Plásticas na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. Teve um rápido reconhecimento: já em meados da década de 1990 era um dos artistas brasileiros de grande sucesso nacional e internacional. Seu trabalho mantém uma estreita ligação com a vida cotidiana em seu estado natal, a Bahia. Os materiais que usa em seu trabalho são refugos do consumo. Lixo pra alguns e fonte de subsistência para outros: caixas de papelão, pedaços madeira, isopor, latas de alumínio. 
CÂNONE DO ARTISTA MAREPE
CARMELA GROSS (Vida e obra)
Carmela Gross nasceu em São Paulo, em 1946, e atua como artista visual desde a década de 1960. Participou das Bienais de São Paulo de 1967 e 1969 e suas obras pertencem aos acervos do MAC-USP, da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu de Arte do Paraná, do Museu de Arte de Brasília, do MAM-SP, da Fundação Padre Anchieta, da Biblioteca Luis Angel Arango de Bogotá, entre outras instituições.
Carmela também tem instalações permanentes em locais públicos nas cidades de Laguna (Santa Catarina), Paris (França), Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e Curitiba (Paraná). 
OBRA LUZES, PRAÇAS E PONTES (MATERIAL GIZ DE LOUSA)
REALIZAÇÃO: 1989 E 2008
A obra abaixo é considerada Arte Efêmera, pois tem pouca duração, devido ao material utilizado.

5 - BIOGRAFIA E OBRAS: MICHEL GROISMAN E OTAVIO DONASCI

MICHEL GROISMAN
Transferência, 2001; Criaturas, 2001
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1972, onde reside e trabalha.   Em suas performances, Michel Groisman desenvolve processos dinâmicos que envolvem a recriação do próprio corpo. Transferência é realizada pela passagem do fogo: a chama é transportada de uma vela para outra com movimentos cuidadosos e equipamentos adaptados às pernas, braços e cabeça do artista. “Por um sistema de tubos interligados Michel controla a alternância das chamas constituindo processos simultâneos e complementares”.
Performance:    Forma de arte que combina elementos do teatro, das artes visuais e da música. Nesse sentido, a performance liga-se ao happening (os dois termos aparecem em diversas ocasiões como sinônimos), sendo que neste o espectador participa da cena proposta pelo artista, enquanto na performance, de modo geral, não há participação do público. A performance deve ser compreendida a partir dos desenvolvimentos da arte pop, do minimalismo e da arte conceitual, que tomam a cena artística nas décadas de 1960 e 1970. A arte contemporânea põe em cheque os enquadramentos sociais e artísticos do modernismo, abrindo-se a experiências culturais díspares. Nesse contexto, instalações, happenings e performances são amplamente realizados, sinalizando certo espírito das novas orientações da arte: as tentativas de dirigir a criação artística às coisas do mundo, à natureza e à realidade urbana. Cada vez mais as obras articulam diferentes modalidades de arte - dança, música, pintura, teatro, escultura, literatura etc. - desafiando as classificações habituais e colocando em questão a própria definição de arte. As relações entre arte e vida cotidiana, assim como o rompimento das barreiras entre arte e não-arte constituem preocupações centrais para a performance (e para parte considerável das vertentes contemporâneas, por exemplo arte ambiente, arte pública, arte processual, arte conceitual, land art, etc.), o que permite flagrar sua filiação às experiências realizadas pelos surrealistas e sobretudo pelos dadaístas.

OTAVIO DONASCI
Otávio Donasci é Graduado e Mestre em artes plásticas, atua como diretor de criação e de espetáculos multimídia. Também faz performances multimídia. Na década de 1970, trabalha como cenógrafo, tendo recebido em 1984 os prêmios APCA e Mambembe pelo conjunto de obra. Nos anos 1980, inicia suas videoperformances com videocriaturas, apresentadas em festivais de vídeo no país e no exterior. Recebe, em 1988, o Prêmio Lei Sarney de Arte Multimídia. No início dos anos 1990, com o diretor Ricardo Karman, cria as Expedições Experimentais Multimídia (Viagem ao Centro da Terra, 1992, e A Grande Viagem de Merlin, 1994), gigantescos espetáculos interativos que envolvem teatro, turismo e artes plásticas.
VideoCriaturas/ Uma espécie de cyborg, metade gente metade máquina, que utiliza um monitor de TV colocado, através de armações de plástico, em cima de um ator escondido sob mantos pretos. A tela de monitor, ligada a um gravador de vídeo por cabos ou por transmissão sem fio, mostra a imagem de um rosto recitando monólogos ou dialogando ao vivo com o público ou com outras videocriaturas. O efeito é low tech, feito com equipamentos domésticos de vídeo e recursos artesanais, improvisado á maneira brasileira, com os conhecimentos de eletrônica que Donasci foi adquirindo na prática.


6 - CONSIDERAÇÕES SOBRE AS OBRAS DOS ARTISTAS CARMELAGROSS, MICHEL GROISMAN E OTÁVIO DONASCI

A obra LUZES, PRAÇAS E PONTES de Carmela Gross pode ser considerada Arte Efêmera (que tem pouca duração devido ao material utilizado) e um site specific (sítio específico) ou seja obras encomendadas, criadas de acordo com o ambiente em um espaço determinado. Trata-se, em geral, de trabalhos planejados, muitas vezes fruto de convites, para certo local, em que elementos esculturais dialogam com o meio circundante, para o qual a obra é elaborada. Pela legenda, é possível verificar que ela havia sido realizada em 1989, muito antes de fazer parte da exposição no Sesc Pinheiros em 2008.
 A obra TRANSFERÊNCIA de Michel Groisman é uma performance (que nasce como arte híbrida, espetacular, mix de artes plásticas, visuais e cênicas). Atualmente as performances podem ser divulgadas e permanecer em uma exposição ou em um museu através do registro da performance (vídeo e fotografia) e também através da compra do roteiro da performance e do direito de fazê-la novamente. Quando um museu adquire os direitos de uma performance, pode atualizá-la quantas vezes quiser.
Fotografias, filmes, vídeos e textos são formas de registros de performances que são consideradas obras de curta duração (trabalhos que duram o tempo de sua apresentação). Essa documentação deve ser feitas por profissionais da área com equipamentos adequados preservando assim a qualidade dos eventos.
Instalações (exemplo: Labirinto da ETEC), Intervenções (exemplo: enfeites de natal na praça em frente da escola) e performances (estátua viva) são obras de arte efêmera (que tem curta duração), mas devem ser registradas e documentadas para as futuras gerações como marcas de uma civilização.
REVISÃO DOS ASSUNTOS ESTUDADOS DURANTE O ANO LETIVO:
Patrimônio Cultural: São as heranças culturais materiais e imateriais que recebemos de nossos antepassados e devem ser preservados.
Intervenção em Arte: Manifestações artísticas que acontecem em locais públicos surpreendendo o público e contando com a participação do mesmo.
Forma-conteúdo: É a forma como o artista cria o seu trabalho e o que será apresentado.
Intervenção (instantâneos poéticos na escola): criação de intervenções artísticas na escola.

Processo de Criação: É o jeito de cada artista criar o seu trabalho. É individual, cada um tem o seu próprio modo de criação.
Linguagens Artísticas: São a Dança, Música, Teatro, Artes Visuais e Artes Audiovisuais. Cada linguagem tem suas especificidades.
Materialidade: È o material que artista usa em seu trabalho. Na Música é a voz dos cantores e o som dos instrumentos musicais. Na Dança e no Teatro é o corpo do artista. Nas Artes Visuais o artista pode usar os mais variados materiais.
Forma-conteúdo: É a forma como o artista cria o seu trabalho e o que será apresentado.
Mediação Cultural: É quando um profissional capacitado nos orienta em relação à uma manifestação cultural.
Saberes estéticos e culturais: É todo o conhecimento que adquirimos  no decorrer de nossa vida em relação à Arte e Cultura.
Patrimônio Cultural: São as heranças culturais materiais e imateriais que recebemos de nossos antepassados e devem ser preservados. 

6.1 - BIOGRAFIA E OBRA:  BEATRIZ  MILHAZES

BEATRIZ  MILHAZES (1960)
Beatriz Ferreira Milhazes (Rio de Janeiro RJ 1960). Pintora, gravadora, ilustradora e professora. Forma-se em comunicação social pela Faculdade Hélio Alonso, no Rio de Janeiro, em 1981. Inicia-se em artes plásticas ao ingressar na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), em 1980, onde mais tarde leciona e coordena atividades culturais. Além da pintura, dedica-se também à gravura e à ilustração. De 1995 a 1996, cursa gravura em metal e linóleo no Atelier 78, com Solange Oliveira e Valério Rodrigues e, em 1997, ilustra o livro As Mil e Uma Noites à Luz do Dia: Sherazade Conta Histórias Árabes, de Katia Canton. Beatriz Milhazes participa das exposições que caracterizam a Geração 80 - grupo de artistas que buscam retomar a pintura em contraposição à vertente conceitual dos anos de 1970, e tem por característica a pesquisa de novas técnicas e materiais. Sua obra faz referências ao barroco, à obra de Tarsila do Amaral (1886-1973) e Burle Marx (1909-1994), à padrões ornamentais e à art déco. Entre 1997 e 1998, é artista visitante em algumas universidades dos Estados Unidos. A partir dos anos 1990, destaca-se em mostras internacionais nos Estados Unidos e Europa e integra acervos de museus como o Museum of Modern Art (MoMa), Solomon R. Guggenheim Museum e The Metropolitan Musem of Art (Met), em Nova York.
TEMPO DE VERÃO 1999
O BUDA 2000
TE QUIERO 1992
MACHO Y FÊMEA 1995

7 - ISMAEL NERY
Belém, PA, 1900 - Rio de Janeiro, RJ, 1934          
Ismael Nery foi não só artista como homem de vanguarda: desenhista, pintor e arquiteto, filósofo e poeta, teve uma vida breve e intensa, entremeada de acontecimentos trágicos que marcariam profundamente sua obra: perdeu o pai aos 9 anos e o irmão aos 18, fatos que transformaram sua mãe em uma figura perturbada.
Nascido no Pará, veio para o Rio com 9 anos e, ainda adolescente, em 1915, onde ingressou na Escola Nacional de Belas Artes, mas não se adaptou ao caráter acadêmico do curso. Em 1921 faz sua primeira viagem à Paris, onde estuda na Academia Julian por um ano - período em que aparecem as influências expressionistas, já com o traço pessoal dramático que iria marcar sua obra. Voltando ao Brasil, Nery se casa com Adalgisa, sua eterna musa - veja-se a constante presença do nariz aquilino em suas pinturas. Passou a trabalhar como arquiteto do Patrimônio Nacional, onde conhece o poeta Murilo Mendes, responsável pela preservação da memória e da obra de Nery - muitas vezes recuperava os desenhos do amigo artista da lata do lixo. O poeta conheceu a fundo a personalidade e o sistema filosófico que Nery criou, o Essencialismo, baseado na abstração do tempo e do espaço e na preservação de elementos essenciais à existência, concebendo o ser humano de forma totalmente espiritual.
A obra de Ismael Nery, neste período, aponta influências cubistas fruto de seu primeiro contato com a escola de Paris. Sintoniza-se com o Surrealismo de André Breton e de Pablo Picasso. Diferente dos outros artistas da Primeira Geração Modernista, ele não buscava uma identidade nacional; antes aproximava-se de valores universais, internacionalistas, de acordo com sua idéias filosóficas e místicas. Em sua segunda viagem à Paris, em 27, toma contato com Marc Chagall, o que acentua a presença do surrealismo em sua obra, e o transforma no pioneiro desta corrente no Brasil. Ironicamente, é por este seu espírito vanguardista e internacionalista que Ismael Nery jamais seria reconhecido em vida, apesar de expor algumas vezes a partir de 27 - três individuais, participando ainda do Salão de 1931 ( Salão Revolucionário ) e da exposição organizada pela SPAM ( Sociedade Pró Arte Moderna ) em 1933.
Jamais venderia um quadro e ficaria marcado como o 'pintor maldito' do Modernismo.
Aos 30 anos, Ismael descobre a tuberculose que o vitimaria em poucos anos. Interna-se no Sanatório de Correias por dois anos, diminuindo o ritmo de trabalho - no entanto a doença marca seu imaginário, através de uma expressão surrealista de caráter orgânico, cujo tema mostra anatomias desfiguradas e viscerais, que lembram às vezes objetos mecânicos ou hidráulicos, traduzindo seu estado de saúde e sua consciência da proximidade da morte. Em 32, desenha a série História de Ismael Nery, uma melancólica autobiografia.
Ismael Nery morreu em 6 de abril de 1934, em casa, como era seu desejo. Sua obra só começaria a ganhar reconhecimento a partir de 1966, com uma exposição na Petite Galerie do Rio de Janeiro. O realismo social da década de 30 e as tendências abstratas dos anos 40/ 50 não deixaram espaço para o figurativismo espiritual e católico de Nery. Hoje, no entanto, ele é reconhecido, junto com Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, como um dos maiores artistas de sua geração.
NAMORADOS

DUAS IRMÁS

O LUAR

DUAS FIGUAS
8 - LASAR SEGALL
Vilna, Lituânia, 1891 - São Paulol, SP, 1957
Artista completo, Lasar Segall experimentou todas as formas de expressão de sua época. Pintor, desenhista, gravador e escultor, foi um mestre do Expressionismo e um dos introdutores do Modernismo no Brasil, vindo a ser um símbolo para toda uma geração.
Nascido em Vilna, capital da Lituânia, na época sob o domínio do Império russo, foi discípulo de Antokolski, um dos mais importantes escultores russos do século XIX. Com 15 anos, porém, instala-se em Berlim e freqüenta a rigorosa Academia Imperial de Belas Artes de Berlim, de onde seria afastado em 1909 por expor na Freie Sezession ( Secessão Livre ), onde ganhou o prêmio Max Lieberman em um período no qual sua obra esteve fortemente influenciada pelo impressionismo.
A partir daí se transfere para Dresden, onde passa a freqüentar a Academia de Belas Artes como aluno-mestre, desfrutando de total liberdade de criação. É também aí que acontece sua primeira exposição individual.
Em 1913, Segall vem pela primeira vez ao Brasil, expondo em São Paulo e Campinas, onde percebe-se já em sua obra uma forte influência do expressionismo do grupo Die Brücke ( A Ponte ), de Dresden. No ano seguinte Segall seria internado em um campo de concentração, experiência que iria representar mais tarde em suas obras inspiradas pela Segunda Guerra.
No início dos anos 20 Lasar Segall instala-se definitivamente no Brasil, naturalizando-se depois de casar com Jenny Klabin, em 1925. A partir daí passa a ser uma das peças centrais do Modernismo, atuando como um contraponto alemão às influências francesas. E neste período que começam a surgir temas brasileiros em sua obra, e as formas passam a ganhar contornos menos angulosos e tensos - mas sem perder a característica expressionista. Mário de Andrade chamou este período de 'fase da contemplação'. As personagens são agora mulatas, negros, marinheiros e prostitutas. Tem grande atuação sob a vida cultural paulista neste momento, fundando a Sociedade Paulista de Arte Moderna ( SPAM ), em 1932. Era amigo e conselheiro de algumas das figuras mais importantes do Modernismo, como Mario de Andrade, Geraldo Ferraz e Gregori Warchavchik - que projetou a casa onde Segall viveu até sua morte. Além disso, passa a dar aulas e irá influenciar toda uma geração de gravadores brasileiros.
Com a aproximação da Guerra, porém, seu trabalho retorna aos temas trágicos. Lasar Segall dizia que a obra devia ser despida de requintes estilísticos se quisesse expressar o sofrimento humano de maneira profunda, e é isso que podemos ver nas séries como Navio de Emigrantes e Pogrom.
No final de sua vida volta aos temas brasileiros, pintando as séries 'Erradias' e 'Florestas'. Em 1951 tem lugar uma grande retrospectiva no MASP, seguida de salas especiais nas I e III Bienais de São Paulo e uma sala póstuma na IV, que foram as primeiras de uma série de exposições que resultariam, mais tarde, na criação do Museu Lasar Segall, instalado na casa em que viveu no bairro da Vila Mariana.
A FAMÍLIA 1934

MENINO COM LAGARTIXAS 1924

MULATA COM CRIANÇA 1924

PAISAGEM BRASILEIRA 1925
9 - MONET E ROMERO BRITTO (FONTE: ACRILEX)

CLAUDE MONET


ROMERO BRITTO




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