Arte Contemporânea
Luciano Mariussi (1974)
Luciano Augusto Mariussi (Tupãssi PR
1974). Artista visual e gravador. Freqüenta o curso de educação
artística na Faculdade de Artes do Paraná, em 1996, e conclui bacharelado em
gravura na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, em 1997, em Curitiba. Realiza cursos de direção de cinema, desenho
publicitário, litografia, livro de artista e xilogravura. Sua pesquisa une arte
e tecnologia numa direção contrária, apontando para certo estranhamento do
homem diante das novas tecnologias.
Foi instalado na vitrine, com recorte em vinil, a seguinte
frase:
"Seu Desenho Vale uma Cerveja"
Seguido da data do evento, 14/07/04 a 08/08/04 e ainda as
normas para a participação da "promoção":
"Fica a critério do garçom (e curador), aceitar o desenho
ou não, de acordo com seus critérios pessoais e subjetivos. Os desenhos aceitos
farão parte da exposição da vitrine."
Dentro do bar disponibilizei material de desenho, papel,
grafite, nanquim e pincel. Este material ficava com os garçons e era oferecido
aos clientes do bar para a elaboração de um desenho em troca de uma cerveja. A
troca apenas seria efetuada caso passasse pelo crivo dos garçons, que foram
anteriormente instruídos a aceitar apenas o que era realmente do seu agrado
pessoal. Cada trabalho aceito era exposto na vitrine, que aos poucos foi sendo
preenchida por diversos desenhos.
Neste caso, o contexto do trabalho gerou uma situação
metafórica dos mecanismos da arte em geral. Inclusos no trabalho da vitrine
havia artistas dispostos a comercializar seu trabalho, alguém com poder de
julgamento crítico para validar os trabalhos (no caso o curador / garçom) e um
espaço de exposição para dar vazão a esta produção e fazer a intermediação com
o público.
Arte é feita de escolhas subjetivas e estas escolhas passam
sempre por um inventário pessoal de referenciais que cada artista, crítico, ou
curador possui. Este trabalho reforça esse aspecto por meio da nomeação de uma
pessoa qualquer como artista ou curador. Assim como em uma prática duchampiana
de deslocamento, que o faz o objeto ser valorado como artístico aqui pessoas
quaisquer foram deslocadas de sua condição normal, digo não artística, para uma
posição de detenção de poder de criação.
Além das características comentadas nos trabalhos
anteriores, inclusão do espectador dentro da obra, humor, interatividade,
relação entre arte e espectador, relação entre espectador e espaço expositivo,
estas vitrines contém um dado importante a ser relevado: a compra da
participação do público. Enquanto os outros trabalhos como "Entre" e
"Estética" incluíam o espectador de forma impositiva, as vitrines
tendem a serem mais amenas nesse sentido, e ainda assim mais eficazes. A
participação do público se faz espontaneamente e uma certa disposição para
reflexão pode ser notada.
A COMPRA DA PARTICIPAÇÃO DO PÚBLICO
VITRINE DO ELEOTÉRIO
Em 2002 fui convidado a fazer uma intervenção em uma vitrine
comercial. A princípio isso me pareceu ser uma armadilha, pois até então nunca
havia feito nada que pudesse sugerir algum diálogo com um espaço de vitrine.
Muito pelo contrário, os trabalhos que já mencionei nesta dissertação buscavam
justamente o oposto: um espaço museológico ou ainda um espaço estritamente
destinado à arte. O espaço em questão era a vitrine de uma conhecida livraria
de Curitiba, a livraria do Eleotério, atualmente fora de funcionamento. Este
projeto, idealizado pela artista plástica Marga Puntel, previa a ocupação desta
vitrine por duas semanas a cada artista do projeto: Marga Puntel, Ana González
e Luciano Mariussi. Esta livraria foi escolhida pela facilidade de acesso e por
não ser um lugar já compromissado com as questões artísticas, viabilizando
assim um contato mais próximo do público com a arte contemporânea.
O espaço da vitrine ficava longe de qualquer semelhança com
espaços destinados à arte, museus e galerias. Esse aspecto foi desafiador.
Senti que não poderia simplesmente fazer uso deste espaço impunemente. Deveria
tratá-lo mais como uma intervenção em espaço urbano. Como sempre fiz questão de
estabelecer uma relação entre o espaço que continha o trabalho e o trabalho
propriamente dito, me adaptar ao espaço disponibilizado traria certamente um
direcionamento na concepção do que viria a realizar.
Em vez de utilizar a vitrine como espaço expositivo, decidi
que não faria simplesmente um trabalho para ser colocado em uma vitrine e sim
utilizaria o espaço todo da livraria para engendrar uma situação que se
relacionasse com um suposto público, que viria ver o trabalho exposto e o
público usual da livraria. Achei que naquela situação seria um tanto complicado
reter a atenção do público para qualquer obra que pudesse habitar aquela
vitrine: uma parede de vidro que transparecia todo o interior da loja. Como o
relacionamento do meu trabalho com as artes se fez via questionamento entre
arte e público, a estratégia de aproximação que escolhi foi a compra da
participação do espectador. No espaço da vitrine foi instalada a seguinte
frase:
"Entre Gritando Eu sei o que é arte contemporânea e
ganhe um desconto de R$ 2,00 reais".
Havia previamente feito um acordo com o dono da livraria e
esse desconto seria efetivado se o cliente/espectador se dispusesse a realmente
deixar a timidez de lado e entrar na loja gritando. Houve muitas participações.
Foi interessante notar que esta indução a participação por meio da compra, uma
espécie de suborno ao público, foi muito eficaz. Mesmo para quem não tinha a
menor proximidade com arte contemporânea pode ter sido induzido a pensar que
nesta frase residia uma inquietação. Pensar no que estava escrito não
contribuiria para ter uma opinião sobre arte contemporânea, ou para esclarecer
algum ponto mais específico, mas revelaria que nesta frase poderia haver um
problema a ser discutido, ou ainda seria um assunto caro para quem trabalhasse
com arte contemporânea. De qualquer forma, serviria para apontar um caminho de
entrada nas questões da arte contemporânea.
Durante as duas semanas que o trabalho ficou instalado, pude
acompanhar algumas das "performances" das pessoas que entravam na
livraria e tomei consciência de que deveria utilizar esse procedimento com o
público mais vezes. Fiquei sabendo por meio do Sr. Eleutério, dono da livraria,
que muitos clientes entravam apenas para participar do trabalho, levando pra
casa um pequeno livro de valor não muito superior ao da promoção/trabalho.
Esta estratégia, de compra de público, voltaria a ser usada
em outros trabalhos futuros.
Luciano Mariussi
ARTE CONTEMPORÂNEA:
A arte contemporânea é construída não mais
necessariamente com o novo e o original, como ocorria no Modernismo e nos
movimentos vanguardistas. Ela se caracteriza principalmente pela liberdade de
atuação do artista, que não tem mais compromissos institucionais que o limitem,
portanto pode exercer seu trabalho sem se preocupar em imprimir nas suas obras
um determinado cunho religioso ou político.
Esta era da história da arte nasceu em meados do século XX e
se estende até a atualidade, insinuando-se logo depois da Segunda Guerra
Mundial. Este período traz consigo novos hábitos, diferentes concepções, a
industrialização em massa, que imediatamente exerce profunda influência na
pintura, nos movimentos literários, no universo ‘fashion’, na esfera
cinematográfica, e nas demais vertentes artísticas. Esta tendência cultural com
certeza emerge das vertiginosas transformações sociais ocorridas neste momento.
Os artistas nunca tiveram tanta liberdade criadora, tão
variados recursos materiais em suas mãos. As possibilidades e os caminhos são
múltiplos, as inquietações mais profundas, o que permite à Arte Contemporânea
ampliar seu espectro de atuação, pois ela não trabalha apenas com objetos
concretos, mas principalmente com conceitos e atitudes. Refletir sobre a arte é
muito mais importante que a própria arte em si, que agora já não é o objetivo
final, mas sim um instrumento para que se possa meditar sobre os novos
conteúdos impressos no cotidiano pelas velozes transformações vivenciadas no
mundo atual.
Imagens de Luciano Mariussi |
Surrealismo
Joan Miró (1893-1983)
Contemporâneo do fauvismo e do cubismo, Miró criou sua
própria linguagem artística e procurou retratar a natureza como o faria o homem
primitivo ou uma criança, que tivesse, no entanto, a inteligência de um homem
maduro do Século 20.
Joan Miró nasceu em Barcelona, na Espanha,
em 20 de abril de 1893. Apesar da insistência do pai em vê-lo graduado, não
completou os estudos. Freqüentou uma escola comercial e trabalhou num
escritório por dois anos até sofrer um esgotamento nervoso. Em 1912, seus pais
finalmente consentiram que ingressasse numa escola de arte em Barcelona.
Estudou com Francisco Galí, que o apresentou às escolas de arte moderna de
Paris, transmitiu-lhe sua paixão pelos afrescos de influência bizantina das
igrejas da Catalunha e o introduziu à fantástica arquitetura de Antonio Gaudí.
Miró trazia
intuitivamente a visão despojada de preconceitos que os artistas das escolas
fauvista e cubista buscavam, mediante a destruição dos valores tradicionais. Em
sua pintura e desenhos, tentou criar meios de expressão metafórica, ou seja,
descobrir signos que representassem conceitos da natureza num sentido poético e
transcendental. Nesse aspecto, tinha muito em comum com dadaístas e
surrealistas.
De 1915 a 1919,
Miró trabalhou em Montroig, próximo a Barcelona, e em Maiorca, onde pintou
paisagens, retratos e nus. Depois, viveu em Montroig e Paris alternadamente. De
1925 a 1928, influenciado pelo dadaísmo, pelo surrealismo e principalmente por
Paul Klee, pintou cenas oníricas e paisagens imaginárias. Após uma viagem aos
Países Baixos, onde estudou a pintura dos realistas do século XVII, os
elementos figurativos ressurgiram em suas obras.
Na década de
1930, seus horizontes artísticos se ampliaram. Fez cenários para balés, e seus
quadros passaram a ser expostos regularmente em galerias francesas e
americanas. As tapeçarias que realizou em 1934 despertaram seu interesse pela
arte monumental e mural. Estava em Paris no fim da década, quando eclodiu a
guerra civil espanhola, cujos horrores influenciaram sua produção artística
desse período.
No início da
segunda guerra mundial voltou à Espanha e pintou a célebre
"Constelações", que simboliza a evocação de todo o poder criativo dos
elementos e do cosmos para enfrentar as forças anônimas da corrupção política e
social causadora da miséria e da guerra.
A partir de 1948,
Miró mais uma vez dividiu seu tempo entre a Espanha e Paris. Nesse ano iniciou
uma série de trabalhos de intenso conteúdo poético, cujos temas são variações
sobre a mulher, o pássaro e a estrela. Algumas obras revelam grande
espontaneidade, enquanto em outras se percebe a técnica altamente elaborada, e
esse contraste também aparece em suas esculturas. Miró tornou-se mundialmente
famoso e expôs seus trabalhos, inclusive ilustrações feitas para livros, em
vários países. Em 1954, ganhou o
prêmio de gravura da Bienal de Veneza e, quatro anos mais tarde, o mural que
realizou para o edifício da UNESCO em Paris ganhou o Prêmio Internacional da
Fundação Guggenheim. Em 1963, o Museu Nacional de Arte Moderna de Paris
realizou uma exposição de toda a sua obra. Joan Miró morreu em Palma de
Maiorca, Espanha, em 25 de dezembro de 1983.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Salvador Dalí (1904 - 1989)
Dali |
Por Emerson Santiago
Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech, Marquês de
Dalí de Púbol (Figueres, Catalunha, Espanha, 11 de maio de 1904 – Figueres,
Catalunha, Espanha – 23 jan 1989), vulgarmente conhecido como Salvador Dalí,
foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. Sua
obra pictórica chama a atenção pela ímpar combinação de imagens bizarras, como
nos sonhos, com uma técnica acadêmica, tradicional, similar à dos artistas da
renascença. Além de seu trabalho na pintura, poucos conhecem a sua enorme
versatilidade, pois algumas de suas obras mais populares são esculturas e
outros objetos. Dalí realizou ainda interessantes contribuições ao teatro,
moda, fotografia, cinema (tendo trabalhado com o mestre do suspense, Alfred
Hitchcock), comerciais de televisão e até no campo do design, criando logotipos
para produtos.
Desde a infância, Dalí demonstrou interesse pelas artes
plásticas. Iniciou sua educação artística na Escola de Desenho Municipal. Em
1916, durante férias de verão em Cadaquès, descobriu a pintura impressionista.
Suas primeiras obras, como “Moça à janela”, enquadradas numa linha naturalista
e minuciosa, já produziam uma ambígua sensação de irrealidade, que se
acentuaria posteriormente. Em 1921, entra para a Escola de Belas Artes de São
Fernando, em Madri, mas acaba por ser expulso da instituição em 1926, pois
afirmava que ninguém ali era suficientemente competente para o avaliar.
Nos quadros fazia experiências com o cubismo e o dadaísmo.
Tornou-se amigo do poeta Federico García Lorca e do cineasta Luis Buñuel.
Em 1928, persuadido pelo pintor catalão Joan Miró,
transferiu-se para Paris e aderiu ao movimento surrealista. Foi por essa época
que conheceu a mulher do poeta Paul Éluard, Gala,(Elena Ivanovna Diakonova, uma
imigrante russa) que se tornaria sua companheira e modelo pelo resto da vida.
Colaborou então com Luis Buñuel, em dois filmes célebres, Un chien andalou (Um
cão andaluz, 1929) e L’Âge d’or (A idade de ouro, 1930).
É a partir daí que irão surgir os melhores trabalhos do
mestre catalão, que, com alguma experiência, e desejando o reconhecimento, irá
pintar seus melhores trabalhos, em especial “Persistência da Memória”, com a
icônica imagem dos relógios derretidos. Em 1939 é expulso do grupo artístico
surrealista, pois estes adotavam em quase sua totalidade a orientação política
marxista, e Dalí, por sua vez se declarava anarco-monárquico. De fato, enquanto
vários artistas eram “esquecidos” em meio ao regime franquista, Dalí era
prestigiado pela sua admiração pela monarquia e por Franco.
Uma peculiaridade de sua obra era a admiração por certos
quadros, que acaba por “citar” indefinidas vezes em seu trabalho. Entre essas
pinturas estão “A última ceia”, de Leonardo da Vinci, “As meninas”, de Velázquez,
“Angelus”, de Millet, “A batalha de Tetuan”, de Meissonier, e “A rendeira”, de
Vermeer de Delft (seu pintor favorito). Elas aparecem pintadas nos quadros de
Dali em diversas formas, sob diversas condições, como sombras, desmembradas,
analisadas em diversas dimensões, em sombras, relevos, etc.
Dalí morreu de pneumonia e falha cardíaca na cidade onde
nasceu e foi sepultado no átrio principal de seu teatro-museu. Suas últimas
obras datam de 1983.
Surrealismo
Por Ana Lucia Santana
O movimento surrealista nasceu no início do século XX, em Paris, fruto das teses de Sigmund Freud, criador da Psicanálise, e do contexto político indefinido que marcou este período, especialmente a década de 20. Ele questionava as crenças culturais então vigentes na Europa, bem como a postura humana, vulnerável frente a uma realidade cada vez mais difícil de compreender e dominar.
Esta escola artística e literária se insinua no interior dos
movimentos de vanguarda modernistas, englobando antigos adeptos do
Dadaísmo – linhagem cultural nascida em
Zurique, em 1916, que primava pela irracionalidade, pela censura a toda atitude
moderada e era marcada por uma descrença total e um negativismo radical.
A teoria freudiana tem um grande peso na constituição do
ideário surrealista, que valoriza acima de tudo o desempenho da esfera do
inconsciente no processo da criação. O surrealismo procura expressar a ausência
de racionalidade humana e as manifestações do subconsciente. Além dos
dadaístas, ele se inspira também na arte metafísica de Giorgio de Chirico.
Os surrealistas deslizam pelas águas mágicas da irrealidade,
desprezando a realidade concreta e mergulhando na esfera da absoluta liberdade
de expressão, movida pela energia que emana da psique. Eles almejam alcançar
justamente o espaço no qual o Homem se libera de toda a repressão exercida pela
Razão, escapando assim do controle constante do Ego.
Os adeptos do Surrealismo se valem dos mesmos instrumentos
que a Psicanálise, o método da livre associação e a investigação profunda dos
impulsos oníricos, embora se esforcem para adaptar este manancial de recursos
aos seus próprios fins. Desta forma eles objetivavam retratar o espaço
descoberto por Freud no interior da mente humana, o inconsciente, através da
abstração ou de imagens simbólicas.
O marco oficial da instituição deste movimento é o
lançamento do Manifesto do Surrealismo, em outubro de 1924, por André Breton,
que também o subscreveu. Este documento tinha o propósito de criar uma nova
expressão artística acessível através do resgate das emoções e do impulso
humano.
Isto só seria viável a partir do momento em que cada ser
conquistasse o conhecimento de si mesmo, para então atingir o momento crítico
no qual o interior e o exterior se revelam completamente coerentes diante da
percepção humana. Ao mesmo tempo em que o Surrealismo pregava, como os
dadaístas, a demolição do corpo social, ele propunha a gestação de uma nova
sociedade, sustentada sobre outros alicerces.
O Surrealismo – expressão que foi apresentada inicialmente
pelo poeta cubista Guillaume Apolinaire, em 1917 – contava em suas fileiras com
nomes famosos como os de Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí, nas artes
plásticas; André Breton, no campo da literatura; e Buñuel, no cinema. Eles
lançam, em 1929, o Segundo Manifesto Surrealista, publicando ao mesmo tempo o
periódico A Revolução Socialista. Na década de 30 esta escola se expande e
inspira vários outros movimentos, tanto no continente europeu quanto no
americano. No Brasil ela se torna uma das várias vertentes absorvidas pelo Modernismo.
A Persistência da Memória
Autor: Salvador Dalí
Data: 1931
Técnica Óleo sobre tela
Dimensões: 24 cm × 33 cm
Localização: Museu de Arte Moderna, Nova Iorque
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A Persistência da Memória (em espanhol: La persistencia de
la memoria; em catalão: La persistència de la memòria) é uma pintura de 1931 de
Salvador Dalí. A pintura está localizada na coleção do Museu de Arte Moderna
(MoMA) de Nova Iorque desde 1934. É amplamente reconhecida e freqüentemente
referenciada na cultura popular.
A flacidez dos relógios pendurados e a escorrer mostram as
preocupações humanas: tempo e memória. O próprio Dalí apresenta-se na forma de
cabeça adormecida que se pode observar em outros dos seus quadros.[carece de
fontes]
Em sua auto-biografia, Dalí conta que levou duas horas para
pintar grande parte da obra (do total de menos de cinco horas), enquanto
esperava sua esposa, Gala, voltar de filme. Neste dia, o pintor se sentira
cansado e com uma leve dor de cabeça, não indo ao teatro com sua esposa e
amigos. Ao retornar do filme, Dalí mostrou a obra a sua esposa, vendo em sua
face a "contração inequívoca de espanto e admiração". Ele então, a
perguntou se ela achava que em três anos ela esqueceria aquela imagem, tendo
como resposta que "ninguém poderia esquecê-la uma vez vista”.
Premonição |
Quem foi:
Diego Rodríguez de Silva y Velázquez foi um importante
pintor espanhol do século XVII. Destacou-se na pintura de retratos,
principalmente de integrantes da nobreza espanhola. Fez parte do movimento
artístico conhecido como barroco.
Biografia: Velázquez
nasceu em 6 de julho de 1599, na cidade de Sevilha (sul da Espanha).
- Filho de um advogado de origem portuguesa e mãe sevilhana.
- Desde criança demonstrou grande interesse pela pintura. O
pai, verificando este dom, levou Velázquez, com 11 anos de idade, para estudar
pintura com o artista plástico naturalista Francisco Herrera.
- Em 1611, o pai levou Veláquez para ser aprendiz no ateliê
de pintura do artista Francisco Pacheco.
- Veláquez casou-se com Juana, filha de seu professor de
arte. Com ela teve uma filha chamada Francisca.
- Em 1622, viajou para Madrid e conheceu o poeta Luis de
Góngora de quem pintou um retrato.
- Na década de 1620, começou a fazer importantes contatos
artísticos e também entre a nobreza espanhola.
- Em 1623, foi nomeado pelo rei Felipe IV como o novo pintor
real.
- Em 1629, conheceu o pintor barroco Rubens, de quem
absorveu grande influência artística.
- Viajou em 1629, em missão oficial, para a Itália. Em Roma
teve contato e estudou as obras do Renascimento.
- Em 1631, regressou para a Espanha e recebeu do rei da
Espanha a missão de fazer um retrato do príncipe Baltasar Carlos.
- Em 1635, pintou uma de suas grandes obras de temática
histórica: A rendição de Breda.
- Em 1648, viajou novamente para a Itália como embaixador e
artista espanhol. Visitou Nápoles, Roma e Veneza, onde comprou obras de arte de
Tintoretto, para o rei da Espanha.
- Em 1651, retornou para a Espanha e foi nomeado, pelo rei
espanhol, Aposentador Real. Passou a dedicar mais tempo a atividade artística.
Nesta fase produziu grandes pinturas como, por exemplo, A família de Felipe IV
(conhecida como As Meninas) e A Fábula de Aracné (conhecida como As
fiandeiras).
- Em 1659 foi condecorado com a Ordem de Santiago.
- Velázquez, acometido de uma grave doença, morreu em 6 de
agosto de 1660, na cidade de Madrid.
Estilo artístico:
- Enfatizou a elaboração de retratos de integrantes da
nobreza e a pintura de cenas históricas. Também retratou elementos da
mitologia.
- Mostrava detalhes em suas obras, privilegiando as
expressões faciais, buscando a individualidade de cada personagem retratado.
- Presença em suas obras do tenebrismo (aplicação de fundo
escuro) e do realismo (busca por detalhes para deixar a obra mais real
possível). Estas duas características foram típicas do barroco.
ESTILO BARROCO
A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII)
mas não tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também ao
continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis.
As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e
a razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuram
realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam as
emoções e não o racionalismo da arte renascentista.
É uma época de conflitos espirituais e religiosos.
O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de
conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra; pureza e
pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e matéria.
Suas características gerais são:
Emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os
sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria
ser atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio.
Busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas,
contracurvas, colunas retorcidas;
Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
Violentos contrastes de luz e sombra;
Pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a
impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida.
PINTURA:
Características da pintura barroca:
Composição assimétrica, em diagonal - que se revela
num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade
geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos
sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a sensação de
profundidade.
Realista, abrangendo todas as camadas sociais.
Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade
dramática.
AS MENINAS DE VELÁZQUEZ |
Pablo Picasso
Por Ana Lucia Santana
Nascido na cidade de Málaga, em 25 de outubro de 1881, Pablo
Ruiz Picasso – pintor espanhol naturalizado francês – tornou-se um dos mestres
das Artes Plásticas do século XX, pois era ainda escultor, artista gráfico e
ceramista. Seu talento foi de certa forma herdado de seu pai, professor de
desenho e eventualmente pintor, e não tardou a ser reconhecido logo no início,
quando o artista tinha apenas quinze anos e, surpreendentemente, seu próprio
ateliê.
Na infância, reproduzia episódios de touradas, tema de sua
primeira obra – O Toureiro -, uma pintura a óleo sobre madeira, executada
quando o artista tinha oito anos. Mais tarde, inclusive, criou outra tela
semelhante – A morte da mulher destacada e fútil, símbolo de sua relação com as
mulheres. Aliás, na história de Picasso, seu envolvimento com as mulheres e sua
produção artística estão intrinsecamente ligados, e a cada novo relacionamento
ele começa a trilhar uma vereda artística renovada.
Sua galeria de criações artísticas atinge o nível de
milhares de obras, e ele é um dos mais renomados artistas em todo o planeta.
Picasso chegou a Paris em outubro de 1900, cidade que ele imediatamente adotou
como seu novo lar, o núcleo de toda produção da vanguarda artístico-cultural. A
princípio, ele seguiu caminhos convencionais, transitando da Fase Azul
(1901-05), caracteristicamente melancólica, na qual ele aborda a cegueira, a
pobreza, a alienação e o desespero, para a alegre e sensível Fase Rosa (1905),
quando se apaixona por Fernande Olivier.
Co-criador do Cubismo, ao lado de Georges Braque, no qual o
visível era geometricamente desconstruído, o pintor deu um passo decisivo na
instituição de uma nova crença, a de que o produtor artístico deve sempre
adicionar algo novo ao real, e não meramente reproduzi-lo. A partir de então o
artista é livre inclusive para escolher outros materiais que não os
convencionais, complementando meios como a pintura e a escultura com colagens e
outros artefatos.
Picasso trabalhava exaustivamente durante a noite, até o dia
amanhecer. Mas não lhe faltou tempo para criar um grupo de amigos famosos nos
bairros parisienses de Montmartre e Montparnasse – André Breton, Guillaume
Apollinaire e a escritora Gertrude Stein. Apesar do sucesso da Fase Rosa, em
1907 ele decide abandonar este estilo, atraído pelas esculturas da Península
Ibérica e da África, é quando ele pinta Les Demoiselles d’Avignon, trabalho
pioneiro da arte moderna. Sua obra passa então a sofrer intensa influência das
artes grega, ibérica e africana, constituindo o protocubismo, movimento que
antecedeu o cubismo. Seu famoso retrato da amiga Gertrude Stein expressa uma
face tratada em forma de máscara.
Versátil demais para se fixar em uma única forma, Picasso
não chegou a produzir uma arte essencialmente abstrata, pois estava sempre à
frente de seus contemporâneos, que reagiram com perplexidade quando o artista
retomou seu estilo mais tradicional e logo depois, no princípio da década de
20, optou por um caminho neoclássico, justamente quando o pintor, recém-casado
com a bailarina Olga Koklova, modificara seu modo de vida, agora abusivamente
afortunado e convencional, embora extremamente tedioso para Picasso.
Aos 87 anos, o artista ainda tem vigor suficiente para
resgatar o estilo de sua juventude. Com fôlego invejável, ele produz em sete
meses 347 gravuras, retomando temas como os do circo, das touradas, do teatro,
do erotismo. Alguns anos depois, após uma cirurgia da próstata e da vesícula,
com a visão imperfeita, Picasso encerra sua produção artística. Seus 90 anos
são comemorados com uma exposição especial no Museu do Louvre, assim o artista
em tudo pioneiro também nesse momento realiza um feito inédito – torna-se o
primeiro artista vivo a expor suas obras na grande galeria deste famoso Museu.
O pintor parte deste mundo em 8 de abril de 1973, na cidade
de Mougins, na França, aos 91 anos, legando ao planeta uma vasta herança
artística, cultural e existencial. Destaca-se deste patrimônio sua obra mais
conhecida, marcadamente pacifista e humanista, o mural Guernica, em exposição
no Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid, que retrata a cidade
basca após o bombardeio pelos aviões de Adolf Hitler – um símbolo da crueldade
da guerra.
Cubismo
Por Thais Pacievitch
O cubismo começou no ano de 1907, quando Pablo Picasso terminou seu conhecidíssimo quadro As
Senhoritas de Avignon, considerado o ponto de partida deste movimento. Pablo
Picasso e George Braque inspiraram o cubismo e dentre os principais mestres
podemos citar Fernand Leger, Juan Gris, Albert Gleizes e Jean Metzinger.
O cubismo é um tipo de arte considerada mental, ou seja,
desliga-se completamente da interpretação ou semelhança com a natureza, a obra
tem valor em si mesma, como maneira de expressão das ideias. A desvinculação
com a natureza é obtida através da decomposição da figura em seus pequenos
detalhes, em planos que serão estudados em si mesmos não na visão total do
volume. Desta forma, um objeto pode ser observado de diferentes pontos de
vista, rompendo com a perspectiva convencional e com a linha de contorno. As
formas geométricas invadem as composições, as formas observadas na natureza são
retratadas de forma simplificada, em cilindros, cubos ou esferas. O cubismo
nunca atravessou o limite da abstração, as formas foram respeitadas sempre. As
naturezas mortas urbanas e os retratos são temas recorrentes neste movimento
artístico.
Durante o desenvolvimento do cubismo há duas principais
etapas, são elas:
• Cubismo Analítico: caracterizado pela decomposição das
figuras e formas em diversas partes geométricas, é o cubismo em sua forma mais
pura e de mais difícil interpretação.
• Cubismo Sintético: é a livre reconstituição da imagem do
objeto decomposto, assim, este objeto não é desmontado em várias partes, mas
sua fisionomia essencial é resumida. Algo muito importante nesta etapa é a
introdução da técnica de colagem, que introduz no quadro elementos da vida
cotidiana (telas, papéis e objetos variados), o primeiro a praticar esta
técnica foi Braque.
Os principais pintores cubistas foram o espanhol Pablo Ruiz
Picasso (1881-1973), que criou obras como Guernica, Retrato de Ambroise Vollard
e Natureza Morta, George Braque (1882-1963), Juan Gris (1887-1927) e Fernad
Leger (1881-1955).
Meninas |
Dadaísmo
Por Thais Pacievitch
Foi num café em Zurique, em 1916, onde cantores se
apresentavam e era permitido recitar poemas, que o movimento dadá surgiu. Depois do início da I Guerra Mundial,
esta cidade havia se convertido em refúgio para gente de toda a Europa. Ali se
reuniram pessoas de várias escolas como o cubismo francês, o expressionismo
alemão e o futurismo italiano. Isto confere ao dadaísmo a particularidade de
não ser um movimento de rebeldia contra uma escola anterior, mas de questionar
o conceito de arte antes da I grande guerra.
Não se sabe ao certo a origem do termo dadaísmo, mas a
versão mais aceita diz que ao abrir aleatoriamente um dicionário apareceu a
palavra dada, que significa cavalinho de brinquedo e foi adotada pelo grupo de
artistas.
O movimento artístico conhecido como Dadaísmo surge com a
clara intenção de destruir todos os sistemas e códigos estabelecidos no mundo
da arte. Trata-se, portanto, de um movimento antipoético, antiartístico,
antiliterário, visto que questiona até a existência da arte, da poesia e da
literatura. O dadaísmo é uma ideologia total, usada na forma de viver e como a
absoluta rejeição de todo e qualquer tipo de tradição ou esquema anterior. É
contra a beleza eterna, contra as leis da lógica, contra a eternidade dos
princípios, contra a imobilidade do pensamento e contra o universal. Os adeptos
deste movimento promovem uma mudança, a espontaneidade, a liberdade da pessoa,
o imediato, o aleatório, a contradição, defendem o caos perante a ordem e a
imperfeição frente à perfeição.
Os dadaístas proclamam a antiarte de protesto, do escândalo,
do choque, da provocação, com o auxílio dos meios de expressão oníricos e
satíricos. Baseiam-se no absurdo, nas coisas carentes de valor e introduzem o
caos e a desordem em suas cenas, rompendo com as antigas formas tradicionais de
arte.
Um diretor de teatro, chamado Hugo Ball, e sua esposa
criaram um café literário, cujo objetivo era acolher artistas exilados (Cabaret
Voltaire), que foi inaugurado no dia 1º de fevereiro de 1916. Ali se juntaram
Tristan Tzara (poeta, líder e fundador do dadaísmo) Jean Arp, Marcel Janko,
Hans Richter e Richard Huelsenbeck, entre outros. O dadaísmo foi difundido
graças à revista Dada e, através dela, as ideias deste movimento chegaram a New
York, Berlin, Colônia e Paris.
Marcel Duchamp
Marcel Duchamp foi um importante pintor e escultor francês.
Nasceu em 28 de julho de 1887 na cidade francesa de Blainville-Crevon e faleceu
em 2 de outubro de 1968, na cidade de Nova Iorque. É um dos grandes
representantes do movimento artístico conhecido como dadaísmo.
Biografia (principais momentos da vida)
- Duchamp,
aos 14 anos de idade, pintou suas primeiras obras com grande influência
impressionista.
- Aos 16
anos de idade deixou a casa da família e foi morar em Paris com seu irmão.
Nesta época, tentou entrou na Escola de Belas Artes, porém foi reprovado no
exame. Foi então estudar artes na Academia Julian.
- Entre
1906 e 1907 fez vários trabalhos de conotação humorística. Em 1907, cinco de
seus trabalhos foram selecionados para o Primeiro Salão de Artistas Humoristas.
- A partir
de 1911 começou a pintar telas com influência cubista. É desta fase a obra
Sonata. Ainda neste ano cria sua primeira obra inovadora, com influência
cubista, Retrato de jogadores de xadrez.
- Em 1913
criou o ready-made (manifestação artística que rompe com o tradicional e pega
objetos práticos para transforma-los em obras de arte). Maior exemplo é a obra
Fonte, criada em 1917, a partir de um urinol. Porém, sua primeira obra
ready-made, Roda de bicicleta sobre um banquinho, foi criada em 1913.
- Em 1915,
foi morar na cidade de Nova Iorque.
- Em 1916,
surgiu o dadaísmo e Duchamp passou a fazer parte do grupo de artistas dadaístas
de Nova Iorque.
- Em 1920,
viajou para Paris e entrou em contato com artistas dadaístas europeus, entre
eles André Breton.
- No
começo da década de 1920, participou de vários torneios de xadrez, outra área
que demonstrava grande interesse, além das artes plásticas.
- Em 1927
casou-se com Lydie Sarrazin-Levassor .Porém se divorciou no ano seguinte.
- Em 1933
participou de seu último torneio de xadrez.
- Em 1955,
Duchamp nacionalizou-se estadunidense.
Principais características do estilo artístico de Duchamp:
- Fez
várias experimentações artísticas.
- Criou o
ready-made, rompendo com o cartesianismo e introduzindo objetos da vida
cotidiana no campo das artes plásticas.
- Embora
seja considerado um artista dadaísta, trabalhou com vários conceitos artísticos
do impressionismo, cubismo e expressionismo.
- Introduziu
aspectos intelectuais em suas obras de arte.
"Roda de bicicleta" Duchamp |
"A Fonte" Duchamp |
Lygia Clark
Por Fernando Rebouças
Lygia Clark foi uma pintora e escultora brasileira, nasceu
em Belo Horizonte, em 31 de outubro de 1920; faleceu no Rio de Janeiro, em 25
de abril de 1988. Começou a estudar arte em 1947, recebendo aulas de Roberto
Burle Marx e de Zélia Salgado.
Posteriormente, viajou a Paris, e passa a estudar com Arpad
Szènes, Dobrinsky e Léger. A sua primeira exposição individual ocorreu no Institut Endoplastique de Paris. Em 1952,
retorna ao Brasil, e realiza importante exposição de suas obras no Ministério
da Educação e Cultura.
Dois anos depois, funda o Grupo Frente, se unindo a Décio
Vieira, Rubem Ludolf, Abraham Palatnik e João José da Costa. Nesta fase, participa da Bienal de Veneza, o
que ocorreria novamente em 1968.
Participa da I Exposição de Arte Neoconcreta, com a ideia de
libertar a pintura do suporte tradicional, a tela; projetando parte da pintura
sobre a moldura, como se obra quisesse conquistar mais espaços. Na sua
criatividade buscou incessantemente reinventar os suportes das pinturas.
Essas experimentações fizeram de Lygia Clark uma artista
acima de seu tempo. Em 1968, expôs pela primeira vez no Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro. Em 1972, começa a lecionar sobre comunicação gestual na
Universidade de Sorbonne.
Na década de 80, começa a diminuir o seu ritmo de trabalho.
Em 1986, realizava-se no Paço Imperial do Rio de Janeiro, uma retrospectiva de
suas obras.
"O dentro é o fora" Lygia Clark |
"Plano 5" Lygia Clark |
Hélio Oiticica
Por Fernando Rebouças
Artista plástico brasileiro nascido em 26 de julho de 1937,
na cidade do Rio de Janeiro. Era anarquista, conhecia o ambiente dos morros
cariocas, morou nos Estados Unidos de 1948 a 1950.
Hélio Oiticica iniciou no estilo concreto e neoconcreto,
gostava do caráter experimental da arte, tendo forte personalidade inventiva e
inovadora. Uma de suas obras mais elaboradas foi “Parangolés”, de 1964, união
de capas, estandartes coloridos de algodão e náilon com poemas em tinta sobre
tecido.
Segundo Oiticica : “A obra nasce de apenas um toque na
matéria. Quero que a matéria de que é feita minha obra permaneça tal como é, o
que a transforma em expressão é nada mais que um sopro; um sopro interior, de
plenitude cósmica. Fora disso não há obra. Basta um toque, nada mais.”
Estudou com Ivan Serpa em meados da década de 50, época que
entrou para o Grupo Frente, e Movimento Neoconcreto. Em 1960, participou na
exposição internacional de arte concreta de Zurique, Suíça. Em 1970, participou
em Nova York da mostra “information”, viveu nos EUA até 1978.
Faleceu em 22 de março de 1980. Em 1996, na cidade do Rio de
Janeiro, foi criado o Centro de Artes Hé.
METAESQUEMA OITICICA |
METAESQUEMA 2 OITICICA |